quinta-feira, 20 de junho de 2013

A água e o fogo.

É na água que vejo meu reflexo como meu mais fiel espelho, que me vejo nos dias que correm como as águas do rio que desliza sereno e gracioso sem rumo e sem norte e como uma surpresa que aparece em minha vida. De repente o rio vira cachoeira, numa longa queda onde encontro liberdade, onde meus sonhos são sonhados do mais alto ponto onde meu sorriso não precisa de motivo nem explicação e tenho sonhos bobos, mas são meus mais lindos sonhos... sonhando com as pedras que aguardam no fim da cascata encontro aquela realidade que já conheço a frieza das grandes pedras e a dureza do silêncio. Pedrinhas, pedras e pedreiras...como quem bate palmas batendo uma na outra e produzindo fogo, o fogo que ilumina e encanta qualquer água que próxima esteja, e é para esses olhos de fogo e os sorrisos de pedras que minhas águas correm sem nunca se cansar de admirar o brilho a luz e o calor . E quanto mais me aproximo do fogo, mais meu sangue ferve nas veias , até o ponto que teus lábios encontrem os meus a me façam pouco a pouco evaporar e de repente sumir... mas a água não tem fim e como em chuva caio desonerado num eu que não sou eu. E vou me juntando aos pouquinhos formando novamente um rio na busca das pedras de fogo que me aqueçam mas não me fervam que me contenham mas não me prendam, que me ofertem segurança dos braços de um abraço que me enlacem, mas não me aprisionem e dos lábios calorosos que me aqueçam mas não me mordam. #ReabrindoEssaBudega