Tenho vida mas não vivo, meus fantasmas me perseguem num
desencontro das minhas decisões, certas ? erradas ? o que teria acontecido se
eu tivesse feito diferente? Assim como antes ficarei perdido entre o sim e o
não. A esperança me perturba cada vez que eu tento ir embora dessa rodoviária e
não voltar mais. Não nego a minha culpa, meu orgulho foi um dia mais forte que
eu, mas eu sempre deixei as portas do meu coração abertas e aquele olhar que
falava mais do não sei o que, não quis retornar ao seu lugar. desencontros no
passado que ficaram no passado; hoje é presente a liberdade me cerca e nos
cerca, dai questiono a veracidade desses sentimentos que eram devotados no passado, se tão
verdadeiros não resistiriam a distancia e ao tempo ? Só o que foi preciso foi
um pouco de tempo pras coisas se clarearem a poeira baixar e eu ser por inteiro
de quem chorou por mim a beira-mar. O que não se quer pra gente não se dá a ninguém,
e assim fui eu, fui embora metade e voltei inteiro, pois jamais seria completo
se a teu lado estivesse metade mim. Indiretas, insinuações e letras de músicas
as por varias vezes me ascendem a esperança, ao passo que se abre um leque de
escolhas pra mim; flertes, paqueras, cantadas e olhares que recebo e que não tem a essência do sentimento que habita em
mim e o tempo vai passando e só o que eu queria é nunca tivesse desistido de
mim um dia, eu não podia prender ninguém a mim se eu mesmo não era livre, e
respondi a pergunta que me indagava se o "nós" seria algo possível,
com um sorriso e um seja feliz (eu queria dizer lute por mim, que é só um
questão de tempo pra minha mão reencontrar a sua na paz da madrugada) Não seria
justo pra mim prender alguém a mim as custa de choro, então eu te deixei ir,
esperando a sua volta pra me buscar e que espero até hoje. Meu cheiro e teu
olhar paira nas nossas lembranças, mas nossas mãos não se encontram nesses
desencontros dos seus sentimentos que sempre não estão claros a seus próprios
olhos.
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